quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Governo da Guiné-Bissau proíbe abate de árvores e concessão de lotes nos arredores da capital

Bissau – O Governo da Guiné-Bissau anunciou que estão proibidos o abate de florestação e o processo de concessão e consequente implantação de novas obras nos arredores da capital.

A medida foi anunciada este fim-de-semana, 9 e 10 de Agosto, pelo Chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, depois da visita a Granja de Pessubé, local fortemente afectado pelo abate abusivo de árvores ali plantadas desde a época colonial, por Amílcar Cabral.

«Eu queria deixar bem claro ao Director-geral das Florestas, no sentido de preparar um documento - como já tinha feito outra deliberação no sentido de autorizar o corte das árvores - onde vai determinar que, em função das novas instruções que foram dadas pelo Governo e pelo ministro da tutela, fica suspensa a autorização de abates de árvores. Da mesma forma quero dizer ao Presidente da Câmara Municipal de Bissau - que tinha dado autorização para construção de novas obras - que deve também produzir um documento onde vai suspender todas as implantações», determinou o Primeiro-ministro.

Desapontado com a situação, Simões Pereira disse que não é possível o que se passa na Guiné-Bissau, ao ponto de o bem pessoal se sobrepor ao interesse público.

«Quando vemos estas árvores com dezenas de anos, porque esta granja foi crida para servir de pulmão à cidade de Bissau, mas chegámos a um nível de desorganização em que o bem pessoal se sobrepunha ao bem comum», referiu.

Perante esta realidade o governante reafirmou que a medida é mesmo para ser cumprida, caso contrário o gesto pode ser considerado uma afronta às leis e às autoridades nacionais.

Além da Granja de Pessubé o Chefe do Governo esteve no mercado de Bandim, o maior centro comercial do país, onde foi confrontado com problemas de desorganização, insegurança e a questão de higiene.

Durante sua estadia em Bandim, Simões Pereira foi obrigado a realizar alguns gestos de prevenção de doenças, oferecendo máscaras e luvas às mulheres vendedoras de alimentos como forma de evitar o contágio de doenças.

De passagem pelo Instituto de Meteorologia, Domingos Simões Pereira falou na necessidade desta instituição de poder nos próximos tempos fornecer informações sobre a previsão do tempo, tal como acontece nas outras partes do mundo.

Outra instituição também visitada por Domingos Simões Pereira foi a Agência Guineense de Execussão de Obras Publicas, com a finalidade de constatar sobre o funcionamento da instituição.

A digressão terminou com a deslocação à estrada de volta a Bissau, concretamente na Bolanha de Antula, onde os agricultores se debatem com problemas de inundação que prejudicam as suas culturas.

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