sábado, 1 de novembro de 2014

CPLP constata "estado precário" da Guiné-Bissau mas reconhece coerência nas ações do Governo

Bissau, 30 out (Lusa) - Os chefes da diplomacia da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) dizem ter constatado "o estado precário" da Guiné-Bissau nos domínios da educação, justiça e saúde, agravado com a ameaça do vírus Ébola.

A preocupação dos responsáveis lusófonos consta das conclusões e recomendações finais da reunião extraordinária dos chefes da diplomacia da CPLP, realizada na quarta-feira, que foram hoje distribuídas à imprensa em Bissau.

Para fazer face à situação de precaridade a organização lusófona irá criar "um programa especial" para coordenar todos os apoios que possam vir de cada Estado membro e ajudar o Governo guineense, refere o comunicado.

A CPLP vai abrir uma representação em Bissau financiada, numa primeira fase, por contribuições voluntárias dos Estados membros através do Fundo Especial da organização e assim que for possível as despesas serão incorporadas no orçamento de funcionamento regular do secretariado executivo.

Na semana passada o cabo-verdiano António Pedro Lopes tomou posse na sede da organização em Lisboa para o cargo de representante especial da CPLP na Guiné-Bissau em substituição do brasileiro Carlos Moura, que exerceu as mesmas funções de janeiro a julho de 2014 e que abandonou o cargo por razões de saúde.

Os chefes da diplomacia lusófona enalteceram a coerência das decisões já tomadas pelas autoridades guineenses, após os primeiros 100 dias de exercício, mas encorajam o Governo a prosseguir com as reformas para dar estabilidade política, económica e social ao país.

Na sua comunicação na abertura da reunião extraordinária dos chefes da diplomacia do espaço lusófono, o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, pediu um apoio direto ao orçamento do país bem como assistência técnica da CPLP a Guiné-Bissau.

MB // JMR

Lusa

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