sexta-feira, 7 de novembro de 2014

ÉBOLA : Portugal oferece medicamentos à Guiné-Bissau no valor de cerca de oito milhões de euros

Portugal ofereceu à Guiné-Bissau medicamentos avaliados em cerca de oito milhões de euros, que tinham sido solicitados pelo primeiro-ministro guineense em julho passado.


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Portugal entregou à Guiné-Bissau medicamentos de prevenção ao vírus Ébola, avaliados em cerca de oito mil euros, disse uma fonte do Ministério da Saúde guineense. Os medicamentos solicitados pelo primeiro-ministro guineense em julho passado chegaram agora a Bissau e foram entregues pelo chefe da secção consular da embaixada de Portugal, João Neves, ao ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Baciro Djá.

Na sua intervenção, o cônsul de Portugal na Guiné-Bissau, salientou que a ajuda representa um esforço do seu Governo e entidades da área da Saúde em ajudar a colmatar “algumas falhas e carências” que o setor enfrenta no país africano.

Para Baciro Djá, a ajuda de Portugal “é uma resposta” ao programa de emergência do Governo de Bissau que prevê, entre outros, a prevenção ao vírus Ébola que afeta a Guiné-Conacri, país que faz fronteira com a Guiné-Bissau. “O gesto de Portugal chegou num momento crucial para nós. É um dos vários gestos de um país com o qual a Guiné-Bissau mantém uma relação de quase de sangue, de família, a partir de uma base cultural secular entre os nossos dois povos”, observou Baciro Djá.

O governante guineense disse que Bissau espera poder continuar a merecer o apoio de Portugal, sobretudo para ajudar na mudança da imagem negativa do país junto da comunidade internacional com base na estratégia elaborada pelo Governo. “Pensamos que nessa estratégia Portugal poderia ser o representante da Guiné-Bissau para vender uma nova imagem do país junto da comunidade internacional”, afirmou Djá, salientando que Portugal “em nenhum momento abandonou” a Guiné-Bissau.

O último balanço da Organização Mundial de Saúde, de 31 de outubro, indica que a atual epidemia da febre hemorrágica Ébola afetou 13.567 pessoas e causou 4.951 mortos desde o início do ano. Os países mais afetados são a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conacri.

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