quarta-feira, 6 de maio de 2015

FMI vai emprestar 23,9 milhões de dólares à Guiné-Bissau

O Fundo Monetário Internacional vai emprestar 23,9 milhões de dólares (21,39 milhões de euros) ao Governo da Guiné-Bissau após constatar melhorias no desempenho macroeconómico do país, afirmou hoje o chefe da missão do FMI, Félix Fisher.
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O responsável fez o anúncio em Bissau ao proceder a um balanço de cerca de duas semanas de consultas junto das autoridades guineenses dedicadas ao desempenho macroeconómico e ainda a debater uma possível ajuda financeira ao país.

Félix Fisher disse ter ficado satisfeito com o que viu e ouviu das novas autoridades da Guiné-Bissau - saídas das eleições gerais de 2014 -, mas a decisão final sobre o empréstimo só será tomada formalmente na reunião do conselho de administração do FMI, marcada para julho.

O desbloqueamento do empréstimo será feito em três fases durante outros tantos anos, adiantou Fischer, enumerando um conjunto de fatores que "contribuíram para a melhoria" da situação macroeconómica, nomeadamente, o bom preço da castanha de caju (principal produto de exportação do país) e melhorias nos serviços de telecomunicações e energia.

O FMI estima que a economia guineense tenha crescido 2,5% em 2014 e que vá crescer 4,7% este ano.

De acordo com o chefe da missão do FMI, a tendência é de novas subidas nos próximos anos, desde que sejam executadas reformas estruturais com uma boa gestão das finanças públicas, pagamento de salários atrasados, cessação das despesas não tituladas e centralização das receitas do Estado numa conta única.

Felix Fisher considerou "muito forte" o desempenho do Governo "depois de anos muito difíceis", com o pagamento de salários e dívidas atrasadas, bem como com o aumento na recolha de receitas.

O chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau recomendou, contudo, melhorias ao nível do quadro fiscal, com o alargamento da base tributaria, contenção do endividamento do país, entre outras medidas.

MB // JMR

Lusa

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